Na doce e cálida espádua...
Encobre-se um vestido de veludo...
De cores mesclas em véu roto...
Desce a noite bombardeada...
E na nitidez do seu sarcasmo...
Ela se desvencilha das cores nobres...
Entre níger e alvas cores...
Ela adorna seu corpo disforme...
Na voz, um timbre marcado...
E na melodia em gritos gagos...
E sob as labaredas do seu sarcasmo...
Em cárcere o grito adornado...
O vestido conversa com seu corpo...
Acaricia sua tez sombria...
E nas ondas ritmadas...
Ela abusa de seu íntimo sorriso...
Nasce,renasce,morre,se eterniza...
E no colo...gotas que nascem de vidros de loção...
Porcelana que ao quebrar, nada mais trará junção...
Vestes de vestidos vencendo os ventos...
Louca rotina de um corpo suplicando vestimentas...
Publicado em: 15/09/2006 (RECANTO DAS LETRAS)
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)