Já há muito que o poeta não era pintor.
Pelo o que vejo, ainda não perdeu a vontade de esboçar.
Mas todos os esboços tem olhar humano.
São vários “Eus” a olhar o mundo,
De n diferenças, de n modos.
É como se um espelho partido
Reflectisse cada um dos “Eus” nas faces espelhadas.
Como se a mascara do Carnaval
Tive-se 1001 pedaços diferentes
Com cada um com 1 sentimento.
O sonho de ser muitos é demasiado banal.
A realidade de ser um é demasiado irreal.
Só queria encontrar duas faces
A face do verdadeiro “Eu”
E a metade do “Eu” que procuro.
Por isso, sou multi-”Eu”
Tu és multi-”Eu”
Todo mundo é multi-”Eu”...
Mas são eus que querem sair
Para ser um só “Eu”...
P de BATISTA
Outra da minha coleita...
(Só sei que é entre 1998 e 2007)