Por vezes, tento escrever com palavras
Que meio mundo desconhece
Palavras como ostro,
Égido, éfetas, orto ou egro,
Contudo não consigo interligá-las.
Mas o ostro é dos imperadores
E o égido é de Palas
E os éfetas são de Atenas
E o orto das origens celestiais
E o egro é, simplesmente, doente.
Porém o que querem?
O que desejam?
Serei Louco, serei filósofo,
Ou serei, comummente, humano?
Eu só quero usá-las
E reusá-las e desenhá-las
E descrevê-las.
Tenham dó, tenham compaixão,
Deste moribundo grego de origens lusitanas.
Estou a recuperar deste egro
Que me condenaram os éfetas,
Por ter usado o égido e o ermo
E as riquezas de ónix e opalas
E os tecidos de cor ostro.
Estou simplesmente a recuperar
O sentido da escrita.
Estou simplesmente a viver
E a ser um orto eoo e ortivo.
@Setúbal, 1999-02-21
P de BATISTA
Da coleita do século passado...
Ainda sem título definido.