<font color="#933300">*A Caneca da dona Maria*
Uma senhora por nome Maria morava num casebre humilde e desprovido de tudo. As paredes eram feitas de barro com varas e não de alvenaria. No teto algumas velhas telhas e o restante com palha de carnaubeira. A porta era como uma toalha de retalhos, pedacinhos de madeira de toda cor.
A limpeza reinava naquele simples lugar. O piso de barro era recoberto por uns pedaços de telha e sobras de tijolos encontrados por aí. Havia apenas dois compartimentos. Na sala uma rede, pendurada sob um pedaço de madeira, um pote no canto, um caneco de alumínio amassado, mas brilhado de limpeza, um banco de madeira rústica.
Na cozinha umas poucas panelas de barro, um fogão à lenha e um caneco de ágate com uns botoques ao redor, que ganhara de sua patroa, da qual lava roupa.
Certa tarde apareceu um viajante.
- Oi de casa?
- Oi de fora, o que deseja?
- Senhora me arranje um gole d’água, estou morrendo de sede.
A mulher meio indecisa, pois só tinha uma caneca. Mas não podia negar água a um viajante, era pecado e Deus castigava.
Trouxe a caneca cheinha. O homem, com nojo, encostou os lábios do lado da asa da caneca e saciou sua sede. A mulher pasma comentou.
- Ah, o senhor pôs a boca no mesmo cantinho que eu escolhi para beber água, do ladinho da asa.
Sogueira</font>
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