Livros Entristecidos numa estante esquecidos,
Perdidos num aroma de história
Semimortos que recusam o esquecimento da glória.
Livros, desejosos de um ultimo folhear,
Das folhas marcadas pelo tempo.
Manchadas por esse lento tormento,
Que naquelas estantes velhas paira no ar.
Palavras, poesia, prosa, literatura e sonetos,
Livros proibidos em tempos,
sobrevivendo a censura e absorvendo palavras proibidas,
que muitos homens defenderam com as suas vidas.
para agora permanecerem esquecidos....
Mil e uma historias, contadas no silêncio,
Dessas folhas preenchidas, vencidas.
dão se por esquecidas no contemporâneo.
E sem percebermos, as folhas ficam vazias.
Denotando, um passado que passou
E que nada da sua presença sobrou.
A não ser o teu ultimo toque, hoje
A folhear esse passado que se recusa a terminar.
André Rodrigues
André Henry Gris