A linguagem que flui do teu calor,
Traz a lembrança nos poros meus!
Fecundando meus soluços de amor
Cada vez, que me aproximo do corpo teu!
E fico quase muda, rouca e deveras tonta
Conforme o brilho e tua linha imaginária
E vejo um céu d'estrelas que desponta,
Na acutíssima paixão tão solidária!
E vago livre, como a pluma nos campos!
Tocando o céu em liras rubras
Na transfusão visceral das tuas marcas...
Eu quero ir solamente em tuas barcas,
E navegar por céus e mares e montanhas surdas!
Que tapam os ouvidos ante nossos cantos!
(Ledalge,2008)
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)