Hoje, decidido despedi-me do amor,
Acenei-lhe com a mão um sentido adeus,
Condenei os afectos, os transformei em dor...
Hoje, tenho o peito enegrecido pela despedida,
Mas de que serve viver agarrando vagas memórias,
Se o uso delas, não passa de uma impressão repetida...
hoje, o excesso de delicias de outrora,
Foi condenado pelo descair do melodioso alento,
Entendi que o tempo não se movimenta na hora,
Mas a hora sim, se movimenta dentro do tempo!!!
Hoje, entre ser o que sou e ser afim,
Simplesmente permanece o vazio de nada ser,
Por isso hoje, despedi-me de mim...
Paulo Alves