Penso esta, aquela e a outra vez
Penso, penso e repenso vez a vez
Procuro, encontro e perco por fim
A chave, o adorno, a beleza de mim.
Caio destilada no chão frio
Chorando lágrima a lágrima a desfio
Encontrando a pequena verdade perdida
Da sombra da realidade nobre.
Para que servirão essas verdades ditas
Pelo céu ao anoitecer, e as pessoas
Que rompem da sombra na alvorada?
Que me interessa saber? Se morro
Toda a vez que tento agarrá-la!
Ah, de que vale encontrar um coração
Perdido por se perder e demandar
Abrigo ao campo marginal?
Se lá, aqui e ao longe
A tua presença é vã, é ilegal!
Que sombra plana sobre mim hoje?
Que não me deixa sequer repousar!
Por favor, quero esquecer, encontrar
O que de mim se foi e eu deixei
Que de mim saísse para te buscar!
LenaC