Num sonho que acabei de ter, de outras passadas vidas,
Construí castelos com o pensar,
Curei com as mãos nuas todas as agoniantes feridas...
Num sonho que acabei de ter, de vidas por mim vividas,
Cavalguei o passado com um cavalo sem nome,
Galopei léguas de lembranças que julguei no tempo esquecidas...
Num sonho que acabei de perder, abri de novo as feridas,
Quando nas lembranças, o castelo se ruíu, e o cavalo
Que julguei não ter nome, se apresentou como as dores por mim erguidas...
Paulo Alves