Pelas formas indistintas
de corações viajantes no tempo
- quando tu e eu
caminhávamos pelas veredas
de pétalas revestidas
de verdades vestidas
- de mentiras
- de falsidades
- de incertezas
tempos gravados a fogo
na vida feita de realidades
- quando tu e eu
caminhávamos separados
mas tão felizes e livres
por águas negras do pensamento
que gelaram meu corpo
adormecendo meus sonhos
de olhar rendilhado
de espuma branca
e ondas do mar
- quando tu e eu
levados por leves caminhos
em que o espírito
comanda a vida
descobrindo as subtilezas
do subconsciente
que com uma pincelada colorida
me descobre neste mundo
acolchoado de notas musicais
saídas do labirinto
em que andam perdidos
os corações viajantes do tempo...
A.Sobral