Silenciosamente
Silenciosamente
os meus olhos
percorrem o teu corpo...
Quantos segredos
se escondem
debaixo da tua pele?
Que segredos
aguardam ainda
a descoberta?
Que penas capitais
são justiça para os crimes cometidos
pelos poros da tua pele?
Que certezas
dos teus falsos caminhos
tenho eu?
Silenciosamente
vou escutando
o que os teus olhos me dizem
Quantas mãos
tentaram já descobrir-te
sem te tocarem?
Que mãos
já tocaram o teu corpo
sem o sentirem?
Silenciosamente
escuto atento
o que a tua boca não consegue dizer...
Quantos corpos
penetraram o teu
sem o possuirem?
Que dias
sucederam às tuas noites
em que acordaste sózinha?
Que dúvidas
me assaltam
no correr dos pensamentos?
Que mágoas
te afogam
no recordar das coisas?
Silenciosamente
vou sentindo
o que a tua pele me conta...
Quantos mares
de lágrimas
já navegaste sem destino?
Que céus
vazios
correste sem te encontrares?
Silenciosamente
vou-te percorrendo...
... silenciosamente.
Doctorstrangelove, Março 2006
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