Uma estrela impressa no céu
“fora do combinado” como diz Rolando Boldrin
Uma estrela tatuada na Terra
desassossegando poeticamente
as letras
Mãos “cansadas”
que logo alcançou outras mãos
para intercederem entre seu
pensamento e a folha de papel
o que não podia era
deixar que o alfabeto voltasse
àquela forma convencional...
Já não podia “correr” contra o tempo
e este mesmo tempo
providenciou um anjo que o exibia
vaidoso nos lugares onde ele
sempre deveria estar
A sabedoria de H. Dobal
promoveu reboliços irreverentes
Hoje, um corpo inerte
uma alma abatida,
um espírito pensante talvez
por descordar com este rompante
As páginas irão amarelar-se
mas as letras irão permanecer
irmanadas no tom da poesia
resplandecendo em todas as alvoradas
H. Dobal parou de pensar.
E as letras terão, enfim, descanso?
Não.
Seus dois anjos ficaram:
Um revela, o outro conduz
Expressar com exatidão
as palavras dele é difícil,
porém, perpetuá-la “in memória”...
(Por Fátima Mendes. Às 22h12min do dia 22.mai.2008)