O nome para o louco é ação... É o último elo de união Entre ele e o mundo da razão. Assim, restabelece a ligação...
Navega de novo no “ser”... Faz um link com o “vir a ser”... Renova o motivo de viver, Ajuda a emoção a se mover.
E a loucura, que não pensa, Nomeada se exalta, compensa... Sem identidade nada se explica E o relacionamento complica...
Excerto do Poema “Identidade e Loucura”
A alma tomada pela loucura, doente, pode exibir uma incapacidade de estabelecer movimento narcísico que realimenta as emoções elevando a auto-estima. Nome é identidade e no ser humano está relacionado à personalidade. Esta ligação é básica, fundamental para se estabelecer, uma escuta, uma acolhida (relacionamento a acolhedor ao angustiado, estressado, neurótico, psicótico...). Isto, a grosso modo, é o que as igrejas trabalham nos seus adeptos.Valorizar o nome é manter-se “ligado” a si e ao outro, isto é prazeroso, e a loucura pode desprezar tudo, menos o prazer... Esta é uma abordagem freudiana em seu texto: Para Além do Princípio do Prazer. O louco reage muito positivamente ao ouvir seu nome, e recebe estímulos positivos ao conseguir lembrar e pronunciar o nome do outro. Porque este também reage positivamente, louco ou na linha de normalidade... O desejo de reconhecimento é infinito, mesmo naqueles que a loucura corrompeu ou estagnou. Para o louco são muito importantes estas migalhas de reconhecimento. Realimenta resquícios de seu ego. É como um animalzinho que coça o outro, ou lambe, no lugar onde ele quer receber aquele toque de volta...
* Núcleo Temático Filosófico. Ibernise. Indiara (GO), 26.01.2007. Direitos autorais reservados/Lei n. 9.610 de 19.02.1998.
Muito interessante este texto. Na verdade todos temos em nó sum pouco desta loucura. Uma necessidade de satisfazer o ego...sempre o ego. Gostei de ler Beijos