À medida que nos evoluímos financeiramente, somos obrigados, pelas circunstâncias, a nos cercar de auxiliares para nos manterem ativos e... Funcionais! Sem que tenhamos que exercer funções específicas alusivas aos pormenores inferiores aos, por nós exercidos e, que nos deu a estabilidade financeira.
Os nossos assessores, mais próximos do nosso trabalho, têm as regalias meritórias referentes a suas atuações trabalhistas, pois, sem tais compensações, acabam por se demitirem, o que nos prejudicará até encontrarmos um ou, outros, substitutos gabaritados.
PORÉM!...
Em contradição ao tratamento que damos aos nossos assessores mais gabaritados na função de auxiliares nos nossos locais de direção e/ou, de trabalho, temos, em nossos Lares, as Domésticas, também denominadas de Auxiliares do Lar, Criadas etc. todas elas, vítimas do Salário Mínimo, orquestrado pelo Governo, o que não lhes permite a troca de local de trabalho, com esperança de aumento salarial.
Iguais as Domésticas, outros trabalhadores, também, estão sujeitos a tal salário e, só podem trocar de emprego, se conseguir o tempo necessário ao estudo didático ou, profissionalizante, em detrimento do seu trabalho assalariado que lhe dá a subsistência falida e, a dos seus dependentes, por isso, uma maioria esmagadora de Seres, vivem, forçosamente, com tal minguado salário.
Veja, a seguir, de forma empírica, algumas situações e correções que poderiam mitigar os sofrimentos de tais trabalhadores, principalmente, o das Empregadas domésticas:
—Tratá-los com respeito e, ao mesmo tempo, com carinho e dedicação, em permuta com os serviços por Eles (as) prestados a nós e, não considerarmos, apenas, o pagamento mensal como troco compensatório.
—Chamar-lhes à atenção, quando precisar, porém, brincar com Eles (as) quando não houver reclames a serem feitos.
—Deixar os nossos empregados, principalmente as Domésticas, tomarem às refeições em conjunto com a família, não as obrigando a se alimentarem depois de saciarmos e, no momento Delas retirarem os utensílios para serem lavados.
Nota: Certa feita, uma doméstica me relatou que temperava o feijão para ir à mesa dos patrões, antes, escarrando e misturando na panela, quando, então, ficava de lado a ver os patrões e sua família comerem do mesmo feijão.
Perguntei o motivo de tal ato e, Ela, me disse: Todo dia tinha que comer as sobras da mesa e... Fria!
—Efetuar uma triagem comportamental da sua empregada, porém, também, fazer um levantamento das suas prementes necessidades alimentares, de vestuário etc. e, ajudando, na medida do possível, dando-lhe as sobras da sua mesa farta, vestuário e remédios caseiros, para Ela levar para sua casa, inclusive, se precisar, adiantar-lhe uma parte do seu pagamento mensal para cobrir a carência Dela, assim agindo, na verdade, você estará sendo beneficiado, em troca, pelos serviços que Ela lhe prestar com requintes de perfeição... Agradecida!
—Procure saber os segredos que a sua empregada resguarde, todavia, apenas, com a intenção de ajudá-la, caso o necessite! Lembre-se de que Ela, trabalhando em sua casa, sabe quase todos os segredos da sua família, com a diferença de que, sendo deficitário em didática e do poder aquisitivo, pouco poderá fazer por você.
—Deixe de cumprir a Lei relativa às Domésticas, que diz, mais ou menos: “Elas, só tem um dia de folga por semana trabalhada!” dando a elas, a exemplo de outros trabalhadores, folga remunerada em todos os feriados, domingos e dias santificados, pois, além dessa discriminação, a empregada doméstica não tem direito ao “Fundo de garantia”.
—Seja justo com a sua empregada doméstica, não tomando partido contra Ela, quando altercar consigo ou, com os seus familiares, estando certa na discussão advinda do desentendimento! Procure amenizar o evento sendo... Justo!
—Respeite a sua Empregada como uma pessoa que precisa trabalhar em sua casa, a utilizando, tão somente, no trabalho específico a ser, por ela, cumprido. Se tiver que dar-lhe alguma função extraordinária, a ser cumprida, nunca deixe de lhe compensar, monetariamente, pelo trabalho extra.
—Ao em vez de reclamar das vestes paupérrimas da sua Empregada, dê-lhe as condições financeiras de se trajar de acordo com os requintes da sua residência e família, sem ônus para Ela.
Resumindo: Seja honesto com todos em suas atuações! E, principalmente, com os seus Empregados que tenham a “cruz” de receberem um salário mínimo, nem sempre condizente com as suas capacidades Profissionais!
Distribua a sua sobra com os pobres, porém, com maior intensidade, o faça com os seus empregados mais próximos. Pois, assim atuando, vocês estará tornando a vida dos seus empregados mais fácil de ser vivida e, com isso, você, também, se beneficiará com a sua magnanimidade voluntária e, agradável ao nosso... Deus!
A seguir, alguns versos meus, alusivo ao texto acima e, como RECLAME das Empregadas domésticas desconsideradas pelos patrões:
Perambulo no sopé da fortuna
Igual estrume nutrindo a flor,
A miséria, a mim importuna,
Pela carência de rico pendor.
Lamúria de minha alma ferida
Na injustiça da espoliação
Na longa estrada da vida
Em nichos de escuridão.
Reclama o espírito a dor
Da visão da fortuna plena
Na surdez do ameno amor
Sem regalia da fé serena.
Reclama, ferida, minha’ alma
Com a injusta discriminação
Nas veredas frias e calmas
Dos contornos da ilusão.
Em minha’ alma corre morna
A esperança da felicidade.
No mundo sou uma bigorna
A mercê da vil crueldade.
Na partilha dos benefícios
Fico nas margens soterrado,
A mim, sobram malefícios...
Vis restolhos dos Bens doados!
Sebastião Antônio Baracho.
conanbatacho@uol.com.br
Fone: (31) 3846-65667
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