Numa antiga cidade
Que se chamava Jericó,
Na época de Josué,
Após o tempo de Jó,
Depois das “sete marchas”
O muro tombou no pó.
Tem na China um
Que é muralha, e não recua.
Sobre ele, de tão largo,
Dá pra fazer uma rua,
Uma obra tão extensa
Que é visível lá da Lua!
Um que era vergonhoso
Na Alemanha, em Berlim,
Era um muro divisório
Na terra do Zepelim,
Até que um russo corajoso
Nessa desgraça pôs um fim.
Um que tem de existir
Na vida da cidade
É o que rodeia a casa,
Protege a propriedade –
Esse é necessário
A bem da privacidade.
O que era, é , e será –
Sempre sem nenhum proveito –
Um que tem no coração:
O muro do preconceito.
Só quando ele cair
O mundo será perfeito!
Vadevino
Autor dos livros "Versos & Poesias" e "Ponto Azul"
PERFIL
Não sou lindo.
Não sou lenda.
Mas sou ledo.
Penso muito.
Falo pouco.
Desde cedo.
Renego a morte.
Desprezo às trevas.
Odeio a dor.
Aprecio a vida.
Gosto da luz.
Amo o amor.