Perdida na escuridão da noite, sobre o olhar ardente das estrelas renego a ti, renego a um amor que um dia por ti senti.
Fecho os olhos e sinto a leve brisa que paira no ar, bate de leve no meu rosto mas até mesmo este leve toque me faz lembrar de ti, da tua imagem, do teu ser.
Relembro como foste especial, como aos pouquinhos te tornaste a minha essência e passaste a ser a razão do meu viver.
No princípio achava-te a melhor pessoa do mundo mas ao mesmo tempo eu sentia-me a pior pois sabia que eras de mais para mim e que nunca te ia puder ter, nunca te ia conseguir tocar, abraçar e nem mesmo um leve beijo te poder dar.
Mas passaram-se horas, dias, semanas e até mesmo vários meses e aquilo que sentia por ti aumentava como se de uma grande alergia se tratasse. Não passava mas sim alastrava cada vez mais por todo o meu corpo e fazia com que fosses a única coisa com que eu me preocupasse.
Mas…
Ao longo do tempo tudo foi mudando, tu magoaste, usaste, brincaste e deitaste fora. Mas eu inocente desculpava-te vezes sem fim, inúmeras vezes o fiz das quais eu me arrependi amargamente mas das quais eu também sabia que se não o fizesse me arrependeria também.
O amor que sentia por ti morreu… acabou e não pode nem vai voltar nunca mais.
De ti só queria a amizade mas até mesmo com essa tu conseguiste ficar. Magoaste, não conseguiste tratar e acabaste por matar.
Perdeu-se tudo numa simples troca de palavras . . .
Bruna Torres