Teu sentido é como o áureo amanhecer!
Em pingos d'ouro, em colchas azuis;
Na placidez desses teus olhos nus
Uma fonte de desejos hei de ver!
Tu és o campo de trigais dourados
A fina messe, que me aconchega os braços!
O requinte dos castiçais amados
Por velas quentes em ternos laços!
És a cortina que se destila dourada
No azul celeste da poesia alada
Os teus sinais, eu trago em meu viver!
São as centelhas que colhi do céu
O teu amor, numa panóplia em mel
Fiz um dormente cobertor para te ter!
(Ledalge,2008)
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)