Talvez um novo conto,
Uma vida mudada,
E mais uma pagina virada,
O que vai nunca mais volta,
A chama que se apaga, nunca se reacenderá,
Os lábios que te beijam, apodrecem,
A carne que te esquenta, esfria,
O amor que lhe acolhia e consolava,
Agora magoua,
As lágrimas que escorriam por ti,
Secaram,
A pagina virou,
A chama se apagou,
E a dor, antes morta, reviveu,
E a alegria novamente morreu,
Assim como o amo que por ti um dia senti,
O que resta, é a doença e a carnificina do corpo podre
Entregando-se a inorgânica frialdade da terra adormecida
Deyvid Garreto