“Perdoai as nossas ofensas, assim como nós, perdoaremos a quem nos tenha ofendido!”
E... Se não tivermos Ofendido?
Esse dogma! Como princípio de fé indiscutível de doutrina religiosa, me coloca num dilema perturbador, que me corrói o pensamento em direção de perdoar, em retribuição, a uma ofensa que não pratiquei.
Percebo no meu desalentado entender, que há algo esdrúxulo, entre, Perdoar ofensas não existentes, equiparando-a, em contrapartida, com as ofensas reais.
Não posso e, não devo! Pedir perdão por um mal que não pratiquei. Mas, aceito que devo perdoar a quem me ofendeu, porém, não equiparando o meu perdoar com a resultante de uma ofensa que não dei vazão.
De tanto matutar a respeito dessa proposição evidente, cheguei às seguintes conclusões:
—O Senhor Jesus Cristo, ao nos ensinar o Pai Nosso, o fez com o linguajar da época, onde, a didática era iniciante e, os seus adeptos, ainda eram neófitos no aprendizado escolar-didático.
—Quando ele disse: “Perdoai as nossas ofensas” e, em seguida: “Assim como nós perdoamos a quem nos tenha ofendido!” se referia a duas Ofensas distintas, uma da outra, ou seja: Pedir perdão por ofensa feita por nós, igualando o pedido de perdão a quem nos tenha ofendido, sem liame entre Elas, assim, só pedir perdão quando estivermos errados, porém, sempre perdoando a quem nos ofender!
—Deus e, o seu filho único Jesus, é justo ao máximo, dessa forma, nunca iriam nos humilhar nos mandando pedir perdão pelo que não praticamos de errôneo! E, com essa mesma sapiência Celestial, condicionou que devemos perdoar a quem nos tiver ofendido!
—Doravante, sempre procurarei Perdoar a quem me ofender, todavia, jamais! Pedirei Perdão por algo que não fiz, desde que, voluntariamente e, sabedor do evento resultante.
Sou fã do Livro Sagrado (Bíblia), mas, Nele, há determinados ensinamentos e registros que, no meu tacanho saber, é, pelo menos, discutível e de difícil interpretação e... Seguimento! Ao ousar emitir a minha opinião, sem ter quase nenhum saber didático e... Religioso! Tal se dá, pela inteligência, me doada pelo Criador de Tudo! O meu... Deus! Não vou entrar no mérito para não ferir melindres terrenos, todavia, o nosso deus, de muito, sabe dessas falhas bíblicas e, as... Tolera! Por nos ter dado o Livre-arbítrio interpretativo!
Termino, sem pedir Perdão! Por entender não ter cometido nenhum deslize intencional, porém, de plano, Perdôo a todos que, em resposta, vierem a me ofender pelo que, aqui, deixo registrado.
Sebastião Antônio Baracho
conanbaracho@uol.co.br
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