Quando era jovem, tinha três sonhos para o meu futuro.
Primeiro: emigrar para os Estados Unidos
Segundo: Entrar na aviação militar
terceiro: ser toureiro
Um tio meu, irmão da minha mãe adorava-me, porque eu era seu sobrinho segundo, porque eu era órfão de pai desde dos quatro meses de idade e ele ajudou muito a minha mãe para me criar.
Ele era solteiro, trabalhava como fogueiro na Marinha Nacional Comercial, ganhava bem a sua vida e passava a maior parte do tempo em viagem.
O seu ideasl era de ficar um dia nos EU e esse dia chegou. Numa das viagens à América, desembarcou e nunca mais voltou ao barco.
Foi morar para Boston e começou a trabalhar na Marinha Comercial Americana. Mais tarde e devido aos serviços prestados durante a guerra da Coreia, foi condecorado pelo Presidente Truman.
Como eu tinha o sonho de emigrar, certo dia, aprecsentei-me na Embaixada dos EU em Lisboa, tinha então doze anos.
Cheguei, uma senhora perguntou-me o que eu queria.
-Quero preencher os papeis para emigrar para os EU, disse eu todo vaidoso de mim mesmo.
Todos os empregados se levantaram a rir, para ver o miudo que nem sequer chagava ao balcão com a cabeça, quero dizer, estava à altura dos olhos.
-Mas tu não podes ir antes de fazeres o serviço militar!
-Eu sei. Mas como tenho que ficar na lista de espera, quendo acabar a tropa, já deve de estar a minha vez a chegar.
Os empregados continuavam arir. Achavam piada, um miudo ir se inscrever para emigrar.
A senhora lá me deu os papéis a preencher, sentei-me na sala de espera e comecei a preencher a papelada.
Nome, apelido, morada, tem alguém da sua familia nos EU, sim, a morada da pessoa de familia... ali parei.. o meu tio estava clandestino nos EU e eu tive medo que o fossem buscar e enviarem-no para Portugal, Com a desculpa que não tinha comigo a morada, voltei para casa e nunca mais lá fui.
Fim do preimeiro seonho.
A aviação.
Tinha lido nos jornais que a aviação militar recrutava jovens. Falei com um jovem meu amigo e lá fomos à Avenida António Augusto de Aguiar em Lisboa buscar os papéis.
Era prciso ter autorização dos pais no caso de ser menor e eu, devido a uma herança de uns terrenos em Campo Benfeito, lá para os lados de Castro d\'Aire. fui emancipado.
O jovem meu amigo, mais tarde foi chamado mas eu não. Tinha-me esquecido do certificado de emancipação. Ele fez carreira, mais tarde esteve na TAP e ainda na American Air Lines e para mim, foi o fim do segundo sonho.
Toureiro.
Era muito dificil para um jovem naquela altura devido à falta de dinheiro se deslocar à escola de toureio em Lisboa. Alguém da minha família, era granadeiro, pequeno certo, mas ainda lá fui brincar com alguns bezerros nas chamadas tentas que que ele tinha nas lezirias de Vila Franca de Xira, mas pelo mesmo problema, falta de dinheiro para os trasnportes abandonei.
O Sacavenense, organizava nesses tempos umas corridas de toiros em arenas desmontáveis, que nada tinham a ver com as de hoje.
O Grande matador português, Diamantino Viseu, encarregava-se da organização, desde os toiros até alguns aprendizes que ele trazia com ele.
O ultimo animal, era sempre uma vaca para os curiosos e o vosso amigo Fonseca, lá ia para o meio, havia um prémio a quem cnseguisse enfiar a carapuça nos cornos da vaca. Com algumas tentativas falhadas de outros curiosos, lá fui eu tentar enfiar a carapuça nos cornos da vaca.
Depois de falsas tentativas... Eureka! cosegui, com o senão de só ter enfiado num corno e a vaquinha com o outro fez-me fazer uma voltigem que até parecia que stava num avião de caça a fazer as voltigens.
Estatelei-me que nem uma omelete, dei à sola e nunca mais uma vaquinha me viu numa arena.
Fim dos meus sonhos. Acabei aqui a ecrever, não muito bem, certo, mas sim com o qual eu nunca tinha sonhado.
A. da fonseca