Versei-te o coração
Rogério Martins Simões
Em poemas que te cantava,
naqueles tempos de então
não via teu rosto e sonhava
eras a minha invenção.
E o nosso tempo esvoaçava
em provocação…
e assim por aí andava
de mão em mão…
Depois, eu vi teu rosto
Luar de Agosto
num novo poema
numa nova canção:
e numa noite diadema
Acendemos a fogueira
Atiçámos a chama
Apagámos a cegueira
De mão na mão…
E foi o poema que te encontrou
Quando para sempre jurou
Que a partir desse dia
Não eras mais fantasia
ou simples imaginação!
E num rasgo de poesia,
ousada, perdida ou vadia
versei-te o coração.
Numa noite diadema
neste novo poema
nesta nova canção:
Acendemos a fogueira
Apagámos a cegueira
De mão na mão…
19-05-2008 23:48:43
Rogério Martins Simões