Por onde andas meu amor?
Que vivo numa busca, de ti, constante,
O meu imenso querer, tornam minha realidade tão incerta
Já não sei se chore…ou se ria…
Onde estás meu amor?
Procuro-te de uma forma incessante,
Sou moradia de porta aberta,
Um eco num quarto vazio, uma cama fria!
Uma antítese vulcânica …ora quente, ora fria!
Por onde andas meu amor?
Que me deixas assim embriagada pela saudade,
Meia perdida…sem rumo, sem verdade…
Sinto-me um cocktail de felicidade e dor!
Busco-te no perfume das flores,
Na sua delicadeza e beleza…
Sinto-me penetrada por tantos odores,
Mas falta-me o teu…e viro fraqueza!
Por onde andas meu anjo?
Procuro-te em cartas de amor desvanecidas,
Que alguém escreveu. Hoje esquecidas…
Falam de amor sim, mas não do meu!
Procuro-te em poemas de autores consagrados,
Que contam historias tão parecidas com a minha…
Mas não te encontro! Será padecimento pelos meus pecados?
Ou sou mais um triste poema que se avizinha!
Tento sentir-te na chuva…que me encharca,
No chão que meus pés descalços percorrem,
Mas é a ilusão de sentir-te que me abarca,
São apenas memórias do teu toque que me envolvem.
Tento alcançar-te…quando olho devoradoramente a lua,
Tento encontrar um sinal teu, no perfeito céu estrelado,
Mas apenas…sou abraçada pela solidão nua e crua!
E ressoa o silêncio deste tempo de espera parado!
Sinto-me sufocar por este incessante procurar,
Por este desmedido amar…incontido querer.
Mas que posso eu fazer, que mais não seja esperar?
Para que possa enfim totalmente te absorver!
Mas quem tento eu enganar,
Com estes versos tristes e aborrecidos?
Se te encontro em qualquer lugar,
Até mesmo nos espaços inexplorados ou esquecidos!
Numa flor…aroma ou odor,
No voo de um pássaro…no brilho cegante da lua!
Para onde quer que eu olhe…seja lá para onde for!
Encontro-te em mim…pertenço-te! Sou tua!
(Vania B.)
Re: Procuro-te amor!
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