Abafo o meu grito no silêncio
E caminho p’la grama encharcada.
De pés descalços e sandálias na mão,
Vou ao encontro dos raios solares.
Quero perpetuar doces lembranças,
Acalentar intensamente as esperanças
Que um dia o vento levou
Mas que o tempo não apagou.
Resta na minha alma enorme solidão
Na qual quero ouvir o eco desejado,
Quero ser feliz, mudar meu fado,
Regressar à minha meninice
Ouvindo os sinos plangentes a dobrar,
soltar as minhas amarras e voar,
levar o meu canto ao coração
de quem por mim espera e chora,
deixar fluir um sonho cobiçado,
como anémona, flor ou essência de amar.
Partilhar... um entrelaçar de almas.