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Entre circuitos e silêncios

 
É complicado pensar,
Nesse elaborado estado de ser
Onde o humano se despede em fragmentos
E a alma escorrega para dentro de algoritmos.

Somos carne que sonha,
Mas sonha com máquinas.
O toque já é cálculo,
O gesto, instrução.

Robotizados,
Não por engrenagens,
Mas por repetições invisíveis
Que nos moldam como molda o tempo
As arestas de uma pedra cansada.

E no fundo, ainda resta uma pergunta:
Será que nos tornamos autômatos
Porque é mais fácil
Do que sentir?

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

www.odairpoetacacerense.blogspot.com

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@poetacacerense
 
Autor
Odairjsilva
 
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