A PERDER DE VISTA
No alto da grande serra, a imensidão.
Olho e vejo as montanhas na distância
E deixo o olhar perder-se pela errância
De quanto há de aventura ou solidão.
Perto demais do céu e preso ao chão,
Percebo sentir tal desimportância,
A ponto d’eu me ver sem arrogância,
Em face da vastíssima extensão.
Por artes de berliques e berloques,
Vim dar n’estas alturas desoladas
Até descortinar todo o horizonte.
Terras e céus azulam-se desfoques.
Miragens na miopia aquareladas,
Em tudo quanto vi além-defronte.
Brumadinho - 13 04 2025
Ubi caritas est vera
Deus ibi est.