Não gosto de meias verdades
Nem do copo meio vazio
Eu sou: "pão, pão, queijo, queijo"
De mim, ninguém esconde nada
Que eu não tenha já percebido
A vida foi-me ensinando
Quem faz uso de uma máscara
É conforme, ou consoante
Há que manter uma fachada
Coisa de gente imatura
E lá vai manipulando
Ou sendo manipulado
Há quem julgue que engana os outros
Mas, está muito enganado
A vida não é um jogo
Nem o palco dum teatro
E quem não a leva a sério
Acaba por ser cobrado
Quem se engana a si próprio
Não espere ser respeitado.
Fernanda Esteves
Setúbal