Poemas : 

Aviões de Papel

 
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à chegada
era um hangar vazio
sem ave
sem planador
sem vaivém
nem um heli
ou um propulsor de jacto
só uma agulha a ronronar
e o vinil a simular batidas de asas

e pensar que as paredes bastavam
que as telhas abrigavam
e a porta
sim, a porta
serventia de janelas
tinha braços de largar

e larguei-te
larguei-te sempre ao voo
porque a saudade faz falta
mas não a que fica...
essa cortou as asas
as minhas

resta-me a reza
a um disco
que não risque
enquanto arrisco
os riscos de voltar a voar

não voam
nem salvam
os aviões de papel
com peso de tinta


14-04-2025


 
Autor
AlexandreCosta
 
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Enviado por Tópico
Paulo-Galvão
Publicado: 14/04/2025 17:53  Atualizado: 14/04/2025 17:53
Usuário desde: 12/12/2011
Localidade: Lagos
Mensagens: 1618
 Re: Aviões de Papel
Olá Alexandre,

Anda comigo ver os aviões....
Gostei do peso de tinta que entregaste ao papel.

Abraço
Paulo