Junto ao rio da indiferença
onde mergulha a desilusão
estava deitada a quimera
ao pé da inquietação
Junto ao vale do infortúnio
sentada em pose de musa
estava a tristeza, coitada!
sozinha, muito confusa
Ao lado, estava o lamento
trazendo o amor que fenece
de olhos semicerrados
pousando os braços cansados
sobre os joelhos em prece
Por fim, lá estava a agonia
com a alma a sangrar
deitada sobre um manto
sufocada em mudo pranto
sem vontade de chorar…
Mário Margaride
Adoro a poesia. E tal como um pássaro, voo nas asas das palavras, no patamar do meu sentir, e das minhas emoções.