Sonetos : 

SONOLÊNCIA

 
Tags:  SONETOS 2025  
 
SONOLÊNCIA

D’olhos pesados, mal distingo o dia
A alvorecer por frestas de persiana.
Vem claridade ardendo-me a pestana,
Sem que inteiro desperte, todavia.

Tateio até o banho, cuspo à pia
E vejo a água sumir na porcelana.
Enquanto a mente enfim se desengana,
De quanto o sonho nutre a fantasia.

N’uma semiconsciência bocejante,
Preparo o meu café com pão dormido,
Mas sigo contra as luzes, relutante.

Ainda assim, o sol que ora invalido
Há-de me acompanhar, instante a instante.
E eis-me em péssimo humor amanhecido…

Betim - 10 04 2025



Ubi caritas est vera
Deus ibi est.


 
Autor
RicardoC
Autor
 
Texto
Data
Leituras
54
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
4 pontos
0
2
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.