Poemas : 

Ombros soltos nos vazios

 
 


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desconhecemos a violência tão lenta do tempo,

nessa moldagem de nós mesmos,

e das expectativas amornadas

pela vontade gasta,

nas voltas

à volta

do sol

e da alma.



já não basta,

contrabalançar

nos balanços,

solavancos desta jornada,

a meio da vida,

da vida,



já olhamos ao redor dos nossos ombros

e não vemos membros

sustentados

nem qualquer gesto

semelhante

a um abraço.



não há volta a dar.

os anos afiam os silêncios

e já dói chorar.

a solidão envelhecida,

de uma ferida

nascida

de um não.






 
Autor
Darwinantonio
 
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