Poemas :
Ombros soltos nos vazios

desconhecemos a violência tão lenta do tempo,
nessa moldagem de nós mesmos,
e das expectativas amornadas
pela vontade gasta,
nas voltas
à volta
do sol
e da alma.
já não basta,
contrabalançar
nos balanços,
solavancos desta jornada,
a meio da vida,
da vida,
já olhamos ao redor dos nossos ombros
e não vemos membros
sustentados
nem qualquer gesto
semelhante
a um abraço.
não há volta a dar.
os anos afiam os silêncios
e já dói chorar.
a solidão envelhecida,
de uma ferida
nascida
de um não.
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.