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Rogério Beça | Publicado: 13/04/2025 08:45 Atualizado: 13/04/2025 11:13 |
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![]() 2. Tata Kepler
O teatro de guerra, do meu sofá, é visto num camarote de conforto. Não parecem ter as falas bom porto, desporto sangrento: que acabe já. Não sei em que acto vamos: para lá de meio, no fim, ou ainda no aborto? Os actores, os autores: tudo morto. Num palco onde não há tempo para o chá. O ponto dita, sem nó, um dá eslavo; o figurante faz de vento, de bala; a cortina abre e fecha... avaria... Do meu sofá, ao teclado, agravo; na boca de cena alguém se empala sem fingir, sem narrador, nem poesia. in Dez Sonetos da Guerra na Crimeia por partes |
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