Sonetos : 

Soneto ébrio

 
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Está saudade que, temulenta, empunho
onde inflama o peito em incendido ardor
faz-se suspirar, e o verso bafejar agre dor
deixando o suspiro como vil testemunho

Sensação a evocar-me saturnal temor
e lágrima a escorrer pelo tenso punho
e, ainda ébrio de agonia, estremunho
embriagado, dum sonho de tal pavor

Choram talados versos, desesperação
rimas desorientadas, poemas partidos
pelas trevas de um poetar sem ilusão

Está vazia a imaginação, tão inebriada
nua. O coração em desafinados ruídos
bêbado de solidão e, jogado no nada!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06 abril, 2025, 18’28” – Araguari, MG


Poesia é quando escrevemos o monólgo de nossa alma, que se torna um diálogo com o leitor.

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Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol - poeta do cerrado
 
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LucianoSpagnol
 
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