Há momentos de tédio
onde nos desprendemos de nós
não queremos pensar
não temos vontade de nada
queremos única e exclusivamente...
abstrair-nos do que se passa à nossa volta
Deixar-nos levar pelo vento da indiferença
voarmos na imensidão do nada
no universo do cansaço
da falta de vontade
de ver o corrupio alucinante
em que estamos inseridos
e deixar-nos levar
pela preguiça de pensar
de que nada se quer mudar
neste mundo infernal e inquietante
que todos os dias
todas as horas
todos os minutos
nos vai matando lentamente
Hoje...
o tédio tomou conta de mim
deixem-me estar tranquilo
a olhar as estrelas do céu.
Mário Margaride
Adoro a poesia. E tal como um pássaro, voo nas asas das palavras, no patamar do meu sentir, e das minhas emoções.