Boiadeiro
Fui boiadeiro no meu tempo de solteiro
Passou ligeiro que nem posso acreditar
Por longas estradas viajava o dia inteiro
Agora eu vivo de saudades a lamentar
Fui berranteiro por gostar da profissão
Chamando o gado para o boiada tocar
Agora vou por outra estrada sem ilusão
Tanta saudade eu não sei onde colocar
E nas paradas fazia um arroz carreteiro
Depois cantava no acorde de um violeiro
Dormia na rede até o outro dia clarear
E nas colônias tinha moças nas janelas
Dava um aceno àquelas linda donzelas
Que até agora ainda estou a relembrar.
jmd/Maringá, 01.04.2025
verde