Poemas : 

Poema Sem Título

 
se as noites escutassem
os murmúrios despedaçados,
as muitas vezes que sangramos
em frente da lua, eternizando
toda dor que podemos sentir,
não haveria manhãs, nem amanhãs,
nem promessas de sol e mares azuis.

o que somos quando nada mais
podemos ser? quando os caminhos
nos levam para fora dos infinitos,
das rosas, das coisas que amolecem
os sonhos e suspiram baixinho?
apenas silêncio.

nunca mais teremos o espaço de sentir
não há sequer saudade ou um nervo exposto.
o teu rosto sumiu vagarosamente após
as dúvidas e as certezas. não há vazio.
eu me multipliquei, eu me preenchi,
-------------------------------
eu me ressignifiquei, eu me venci.

Karla b


 
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Karla Bardanza
 
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Enviado por Tópico
Paulo-Galvão
Publicado: 29/03/2025 19:57  Atualizado: 29/03/2025 19:57
Usuário desde: 12/12/2011
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Mensagens: 1580
 Re: Poema Sem Título
Olá Karla Bardanza,

li seu poema como um grito de grande humanismo, muito tocante
destaco o final
"o teu rosto sumiu vagarosamente após
as dúvidas e as certezas. não há vazio.
eu me multipliquei, eu me preenchi,
-------------------------------
eu me ressignifiquei, eu me venci
."

Abraço
Paulo