
Meus Versos
Eu sou nada,
face ao universo,
nem ao menos um grão de areia perdido,
exceto quando, livre, faço versos—
isto só faz aquele a quem o universo
tenha parido.
No meu derradeiro porto,
encontrarei você à minha espera
e ouvirei o som do teu sorriso
quando o amor do meu eu se apropriar.
Lembrarei de cada palavra,
de cada emoção das minhas poesias.
De resto, tudo
ficará infinitamente disperso,
a ouvidos surdos por tão fracos ruídos.
E, ao fim dos tempos, oh! destino perverso,
até mesmo os versos serão
finalmente esquecidos.
Alexandre Montalvan
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