O que crava o dente na carne
do tempo se verte, em sangria,
numa ars poetica, inflamada,
por suas fantasmagorias.
Compões os teus versos, e a mente
aprende, dentro deste assombro,
a mirar, no escárnio inclemente,
o círio velado entre escombros.
Cita o putrefato da fruta,
que introjeta toda a beleza
insuspeita na própria escuta.
E dos fantasmas examinas,
dentro do mausoléu do tempo:
a Casa do Carmo de Minas.