Juazeiro derrama pingos de luz
Que iluminam este solo
Flores mortas nele eu pus
Porque nas minhas regras me embolo
Ô, dádiva da flor de algodão
Riqueza da terra sagaz
Deixa-me um cheiro fugaz
Do fumo picado aqui neste salão
Beira a farra nessa navalha
Que pode com quem brinca
Beira-Mar, bronze de ouro
Não-autorizado pele pinica
Ela vem do Nilo, Yafran
Flerta com os céus, retas lá harmônicas
Dessa visão eurocêntrica
Viagens de van
Ela me levou de gaiata
Fui na onda dela
Encontrei-me no futuro
Areia, barraca, céu, mar e vela
E eu derramo beijos no sol
O sorriso dela é meu escol
Olhos chocolate, feliz me fará
Com ela entre o Caroá
É mais antigo esse poema, mas como eu retirei a publicação do meu livro, tô postando aqui.