Quando as línguas saem fora da boca
como elástico que estica e encolhe
se espalham mentiras pegadas
como vagas que esbarram no molhe
Vomitam pedaços de veneno
carregados de intensa ironia
onde o nojo se estende e infeta
os incautos moribundos, na agonia
Quando as línguas saem fora da boca
sem pejo, sensatez nem humildade
o cheiro nauseabundo é um ultraje
infetando perigosamente a humanidade
Quando as línguas saem fora da boca
cuspindo laivos de maldade
o mundo se engana e acredita
que essas línguas são a extensão da verdade.
Mário Margaride
04-01-2025
Adoro a poesia. E tal como um pássaro, voo nas asas das palavras, no patamar do meu sentir, e das minhas emoções.