Poemas : 

Para Fazedores de Sonhos (96ª Poesia de um Canalha)

 
A coroa de louros que aqui se entrega
Traz palavras com espinhos à medida
Incrustados na arrogância do inventor
É hipócrita a erva daninha que se rega
Precoce o último orgasmo da sua vida
E grande a cabeça que ostenta tal dor

Amamentado por tais aedos de antes
A poesia sem pai e mãe, a mera letra
Palavra terra que s'lavra dos homens
Teia urdida por quimeras de amantes
Que cada vida desespera e as soletra
Em dedos de mãos qu'ainda não tens

A cruz que carrego com meus irmãos
Pregada na carne velha e impaciente
De ser sem ser, querer só por querer
É a soma desses impropérios pagãos
De alguém renascer asno inteligente
E morrer sem de morte sequer viver


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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Enviado por Tópico
Ro_
Publicado: 23/03/2025 10:45  Atualizado: 23/03/2025 10:45
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Mensagens: 3987
 Re: Para Fazedores de Sonhos (96ª Poesia de um Canalha)
Bom dia, Fernando!
Tão linda e triste sua escrita.
Que saudade de ler-te, sempre muito bom estar aqui.
Um beijinho.