Poemas : 

O Sonho ou a Realidade

 
Tenho que sair…
Daqui!

Tenho que fugir do que me sufoca.

Quero estender as minhas asas…

Mas há algo que me retém,
São mãos invisíveis,
Que não querem que eu levante voo,
Tem medo que eu nunca mais volte.

Vou a caminho,
Da noite escura,
E estranhamente,
Nem o frio
Arrefece a minha alma.

Sinto que mais uma vez,
Fervilha sem parar.

É então que…
Sustenho,
A minha respiração,
A medo,
Para que ela não espante,
Este belo sonho.

Queria estar assim para sempre,
Tento perpetuar o momento,
Para que ele nunca mais acabe.

Dá-me a tua mão,
Deixa-te guiar,
E acompanha-me,
Para onde não temos chão,
Para onde
A maldade não existe,
Para onde apenas os sonhos,
Para onde apenas o amor,
Podem entrar.

Sinto-me a andar parado,
As imagens periféricas,
Correm em direção oposta à minha,
São imagens fugidias,
Umas a correr atrás das outras,
São tão rápidas que mal as consigo,
Fixar com o meu olhar,
Como que correndo,
Para o início deste sonho,
Que tem vindo a deixar rasto,
De onde nasceu.

Foi aí que começaste a dançar,
A poucos passos de mim,
Apenas para me provocares,
Para me desafiares mais uma vez,
Apelando por mim
A ir nessa aventura desmedida,
Onde as noites não têm fim,
E os sonhos também não.

Vem mais uma vez,
Partilhar os teus sonhos comigo.

E agora todas as noites quando me deito,
E me abandono mais uma vez,
Nessa luz multicolor,
Com que é feita,
A estrada dos sonhos.

Eu me ponho a pensar,
De que sempre foste,
Aquela que verdadeiramente revirou,
O meu universo literalmente,
Deixando-o sem princípio nem fim.

És o mais belo sonho,
Dos milhões que eu já sonhei,
É neles que tu revives,
Um pouco todos os dias.

E continuo na crista,
Dessa triste melodia,
Tão triste quanto eu.

Saio para a rua,
Ainda com o breu da noite,
A cidade ainda dorme,

Fecho os meus olhos,
E vejo claramente tudo o que os outros,
Nunca conseguiram vislumbrar,
Nem a mais pequena luz.

Tudo o que imagino,
É o mundo mais que perfeito,
Para os dois.

Mais tarde ou mais cedo,
Sei que voltarás aos meus braços,
E aí,
Ficarás envolta para toda a eternidade,
Ao som desta doce melodia.

Diogo Cosmo∞ Lisboa-Porto 13-03-2025


Eis-me de volta, meus caros leitores. Em breve voltarei a publicar mais alguns trabalhos. Obrigado pelo vosso apoio.

 
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DiogoCosmo∞
 
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