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Pére Lachaise

 
Tags:  poesia    ser    introspeção  
 
Pére Lachaise
 
Tanto arde o seu peito,
como o seu mar,
não se chama verdade,
nem opta pela mentira como
companheiro de amor,…

é só uma sombra do que já foi,
aprova,
desagrada,
afasta quem gosta,
aproxima pelo desdém,…

é vítima dos próprios passos,
calcados com força na
areia molhada de um sítio de dilúvio,…

e para ele,
vociferar é o mesmo que ler,
ajudem-no a gritar é o que pede,
e comerá poesia,
como quem sorve
um resto de arroz bolorento,…

porque sim,
termino-o em chamas,
nesta criação sem porção
anónima,
do que seja

 
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beijadordeflores
 
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