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Rogério Beça | Publicado: 09/03/2025 23:05 Atualizado: 09/03/2025 23:08 |
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![]() 10. Sem juiz
Não sei como fechar a parte sete, que poema me chama a clausura, que pó de terra veda a sepultura que em cada sua vida se intromete. Tentei fel e lodo, tudo que infecte, e pele cheia de pus, amargura, um nada de luto e dor da mais pura, catanas cirúrgicas como estilete. Não sei como acabar a sétima parte, em que poço mergulhar, o que fazer. Pareço um louco que o mesmo sempre diz sem sentido, sem vertigem, nem arte. Enquanto outros se entretêm a morrer. Sem juízo, sem culpa, sem juiz. De cheiramázedo in Dez Sonetos da Guerra na Crimeia por partes |