És o poema que o mundo não soube escrever, a melodia que não se permite ser domada. És o pulso da criação, o mistério que se refaz a cada olhar, a vertigem que nenhum tempo apaga. Mulher, tua essência é feita de fogo e brisa, de tempestades que não pedem licença e auroras que rasgam a noite sem pedir permissão.
Teu corpo sustenta o tempo, tua voz redesenha o verbo. Em ti, o desejo não é súplica, é força. Não te dobram, não te retêm porque foste moldada para andar sobre os destroços das certezas alheias, para desafiar os limites impostos, para ser vento onde quiseram paredes.
Não és musa, és autora. Não és promessa, és presença. E que se rendam aqueles que pensam que podem definir-te, pois és todas e és única, és força que desagua em ternura e selvageria que se veste de silêncio.
Hoje é teu dia, mas a verdade é que todos são. Pois sem ti, a vida seria rascunho inacabado, paisagem sem cor, verbo sem sentido.
Que continues sendo esse infinito sem margens, esse incêndio sem rédeas. Porque mulher alguma nasceu para ser menos do que tudo.
Sou um viajante do olhar, com histórias que se revelam entre lentes e versos. Imigrante em Portugal, trago comigo a saudade do que deixei e o encanto do que encontrei. Amo a poesia que pulsa nas entrelinhas, a música que ecoa nas sombras e a fotografia...