Juro que eu não sei pra onde vai o meu suor.
Juro que eu preciso desatar esse nó.
Juro que eu queria uma medida, que diga
Onde passeiam as causas de minha fadiga.
Juro que me vejo menor que uma formiga.
Juro que a neblina é inimiga,
Que não me deixa enxergar o mar que me abriga
E me obriga a suar, suar, suar sem parar
Para encher os rios que só correm para o mar,
Socorrem quem não precisa de socorro
E é pra essa brincadeira que eu corro.
Morro de correr
Para ser sugado pela mão que ninguém vê.
Juro, juro que eu quero um medidor
Que meça a minha dor
Nessa conversa do ameaçador,
Quadro pintado por quem jamais pintou.
Juro que uma medida que meça os juros
Mostrará o que é feito no escuro,
Onde os juros movem-se ao som dos cardeais.
Desconjuro! Juros que não acabam mais.