Escrevo palavra escrava
Que tua na minha deito
Sofri a dor de ser nossa
A tua pele que sangrava
Lágrima minha no peito
Me queima e a ti adoça
Louco o passo silencioso
Que dou meu assim leve
Infinito num menino mar
A rir-me com tanto gozo
Se ia ali chorando breve
Por mundo inteiro amar
Escravizo escrita palavra
Que nossa foi morte nua
A tua flor da minha igual
Semeada que mão lavra
Em terra esquecida crua
O poema sempre imortal
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma