[Pelos caminhos dos cavalos selvagens]
Olhos fitam o horizonte
Para algo, fora da vista dos errantes
Poeiras levantadas no horizonte do deserto
Inquietante coração, mantenha-se por perto.
Areias de ouro caindo do céu
Formas não definidas paralisam o olhar
Carregando, arrastando, atropelando
Vestígios de momentos de loucuras deixados para trás.
Rápida aproximação o que era indefinido, ganha forma então
Milhares de cavalos selvagens correndo fixos na direção
Passadas rápidas, som ensurdecedor
Imponentes, como que marchando rumo ao caminho sem dor.
Hora de saltar
Sobre as costas de um deles
Arrasto-me, perdido entre a poeira dourada
Agracia-me, oh senhora liberdade.
Pelos caminhos dos cavalos selvagens
Alucinação imensurável
Rindo dos sorrisos amarelos
Presos aos arrogantes de caras pálidas.
Pelos caminhos dos cavalos selvagens
Conceitos errôneos são deixados nesse deserto
Fontes de águas cristalinas, alma que se cura
Graciosa dadiva, lavarei meu rosto nesta água pura.