Sonetos : 

Aves de rapina

 
Essa pseudo-social-imperativa alegria
Nunca fez vez voz nos meus corres
Quem trabalha e sua pelo metal nobre
Está longe de se contagiar nessa euforia.

Passada toda a suposta alegoria
Quem perde brincos, braceletes e saltos,
Quem for levado de assalto
Será lembrado noutros dias.

Resta a mim, a você, quem ficou
Reerguer dos destroços que sobrou
Limpar ruas do fétido cheiro de urina,

Comprar máscaras, álcool se não estocou
Porque sedentas aves de rapina
Aguardam efeitos do vírus na esquina.


feradapoesia

 
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Montserrath
 
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