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Em mil novecentos e setenta e dois

 
Tags:  poesia    surreal    pensar  
 
Em mil novecentos e setenta e dois,
Às seis da tarde de um dia de Verão,
Enevoado e afogueante,
O amor deslizou pela encosta de um monte tosco,
A que chamavam a marreca de um velho leproso,...

Desceu timidamente os declives naturais,
E chegou a uma cidade esvaziada,
Sem gente,
De livros semi abertos na única biblioteca que sempre houve,....

Sendo o amor um conceito,
Não viu pessoas nem sombras de pessoas,
Não ouviu risos,...

Não sorveu desejo como normalmente sente necessidade de fazer,
E dissipou a vontade de permanecer onde as raízes não são possíveis,....

Desenrolou um caminho alternativo,
E saiu ainda antes da noite chegar

 
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beijadordeflores
 
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Enviado por Tópico
MÁRIO52
Publicado: 02/03/2025 13:04  Atualizado: 02/03/2025 13:04
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Mensagens: 52
 Re: Em mil novecentos e setenta e dois
Bonito poema, onde o amor voa de uma forma brilhante em cada palavra.
Gostei bastante.

Abraço.

Mário Margaride