Poemas : 

Nostalgia II

 

Ao som deste piano,
Dedilhado por esses,
Dedos frágeis e quebradiços,
Que se arrastam sobre essas teclas
Também já elas carcomidas pelo tempo
E o tempo que não espera pelo final da melodia
Como se o nevoeiro
Já lhe tivesse entrado na alma
Para lhe roubar sem piedade
Os sonhos e memórias que ainda lhe restam.
Até parece que… não há fuga possível
Mas eu hábil,
Como sempre fui,
Em esconder os meus sentimentos
Fugir-lhes-ei mesmo sob o seu nariz
Comas nuvens sabidas
Por entre os dedos
Já meios mortificados pelo tempo
Que não pára
Para esperar pelo sol ou a lua
Que se afunda no horizonte.

Meu amor,
Se eu pudesse ter a certeza,
De que tudo é apenas mais um sonho.

Mais um sonho partilhado,
Mais um sonho quebrado,
Mais um sonho fabricado,
Por quem os sonhos,
Não deveriam existir.

Mas enquanto o amor existir,
Podes ter a certeza,
Que irei sempre sonhar,
Até que a luz se apague dos meus olhos,
E os feche…
Para sempre.

Diogo Cosmo∞


Continuarei resiliente, enquanto tiver forças irei continuar a publicar para que nada se perca


 
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DiogoCosmo∞
 
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